4 de maio de 2010

SORVETE DE BAUNILHA E A GM


Olhem como qualquer reclamação de um cliente pode levar a uma descoberta totalmente inesperada do seu produto. Parece coisa de louco, mas não é.
Esta é a moral de uma história que está circulando de boca em boca entre os principais especialistas norte-americanos em Atendimento ao Cliente.
A história ou “causo”, como está sendo batizada aqui no Brasil, começa quando o Gerente da Divisão de Carros da Pontiac, da GM dos EUA, recebeu uma curiosa carta de reclamação de um cliente.
Eis o que ele escreveu:
- Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês, e não os culpo por não me responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é de comer sorvete depois do jantar.
Repetimos este hábito todas às noites, variando apenas o tipo de sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo.
Recentemente comprei um novo Pontiac e, desde então, minhas idas à sorveteria se transformaram num problema.
Sempre que eu compro sorvete de baunilha, quando volto da loja para casa, o carro não funciona se compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente. Os senhores devem achar que eu estou realmente louco, mas não importa o quão tola possa parecer minha reclamação. O fato é que estou muito irritado com meu Pontiac.
A carta gerou tantas piadas do pessoal da GM que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar a sério e mandou um engenheiro conversar com o autor da carta.
O funcionário e o reclamante, um senhor bem-sucedido na vida e dono de vários carros, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac. O engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a reclamação e o carro efetivamente não funcionou.
O funcionário da GM voltou nos dias seguintes, à mesma hora, e fez o mesmo trajeto, e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez, o carro só não pegava na volta, quando o sabor escolhido era baunilha.
O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que passou a fazer experiências diárias, anotando todos os detalhes possíveis e, depois de duas semanas, chegou à primeira grande descoberta. Quando escolhia baunilha, o comprador gastava menos tempo, porque este tipo de sorvete estava bem na frente.
Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: como o tempo de compra era muito reduzida no caso da baunilha, em comparação ao tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar.
Com isso, os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea. A partir deste episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível e introduziu a alteração em todos os modelos a partir desta linha.
Mais que isso, o autor da reclamação ganhou um carro novo, além da reforma do que não pegava com sorvete de baunilha. A GM distribuiu também um memorando interno, exigindo que seus funcionários levem a sério até as reclamações mais estapafúrdias, ‘porque pode ser que uma grande inovação esteja por atrás de um sorvete de baunilha’, diz a carta da GM.
Isso serve para as empresas nacionais que não tem o costume de dar atenção a seus clientes, tratando-os até mal. Com certeza esse consumidor americano comprará um outro Pontiac, porque qualidade não está somente na produção, está também no atendimento que dispensamos aos nossos clientes.
 Fonte: internet.

Um comentário:

  1. O seu comentário sobre as empresas brasileiras ( as ditas Nacionais ), infelizmente, na maioria das vezes é de uma verdade incontestavel. Vide noticiário. Filas e filas de gente reclamando do produto e do atendimento. Certa ocasião comprei,numa loja de renome , um conjunto de dormitório. A cama e a comoda estavam perfeitos. Mas na hora de montar o guarda-roupa uma das laterais estava completamente torta. O montador me disse que iria solicitar a troca daquela peça e depois voltaria para terminar a montagem. Passados uns dias fui a loja e falei com o vendedor o que estava ocorrendo. Ele ficou de entrar em contato com o Depósito e que eu ficasse tranquilo. Dez dias depois voltei ao vendedor e como não tive uma explicação convincente fui ao Gerente. Mesma ladainha. Que naquela semana tudo estaria resolvido. Venceu a primeira prestação. Paguei normalmente, dando crédito aquilo que me tinham dito o Vendedor e o Gerente. Nunca fui atendido. Passaram-se alguns anos, os móveis se acabaram, a Empresa faliu, o Vendedor e o Gerente sumiram aí pela vida, e eu, depois disso, ainda tive a surpresa de ver o meu nome no SPC.
    ESSE É O NOSSO PAÍS.

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